quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

FOTOPOLUIÇÃO


 
      As orientações estão no plano de Diretrizes para elaboração de projeto luminotécnico em áreas de desova de tartarugas marinhas. O documento busca esclarecer aos proprietários de residências, empreendedores e comerciantes, sobre a importância do Litoral Norte baiano para a proteção das tartarugas marinhas. O objetivo é também orientar quanto à legislação vigente e melhores práticas para a minimizar os impactos gerados pela iluminação artificial. Pode servir como base para qualquer região do Brasil que queira implantar projetos de iluminação de forma a não prejudicar os animais que desovam na praia.

Diretrizes para Elaboração de Projeto luminotécnico em áreas de desova de tartarugas marinhas.


CONTEXTO


    O litoral norte da Bahia possui grande importância biológica para as tartarugas marinhas, pois cerca de 50% das desovas registradas na costa brasileira ocorrem em praias baianas. A Bahia foi considerada pela Convenção Interamericana para a Proteção e Conservação das Tartarugas Marinhas, da qual o Brasil e outros 12 países são signatários, como a principal área remanescente de desova das tartarugas cabeçuda (Caretta caretta) e de pente (Eretmochelys imbricata) no Atlântico Sul. Nesta área ocorrem também desovas das tartarugas oliva (Lepidochelys olivacea) e em menor número da verde (Chelonia mydas) - todas ameaçadas de extinção.

    O Projeto TAMAR atua no Litoral Norte desde 1980, monitorando e protegendo as tartarugas marinhas desta região. Ao longo do tempo foram sendo ampliadas as ações de proteção às tartarugas marinhas e conseqüentemente  a abrangência das atividades do Projeto TAMAR. 
    Atualmente são quatro bases estrategicamente distribuídas ao longo dessa
faixa litorânea: 
• Arembepe - monitora desde a Boca do Rio em Salvador até a foz do rio Jacuipe (47 km);
• Praia do Forte -  monitora desde a foz do rio Jacuipe até a foz do rio Imbassaí (30 km);
• Costa do Sauípe - monitora desde a foz do rio Imbassaí até a foz do rio Inhambupe (56 km);  
• Sítio do Conde - monitora desde a foz do rio Inhambupe até a foz do rio Real (80 km).
    O desenvolvimento do Litoral Norte nas últimas décadas, acarretou no aumento da preocupação com a proteção das tartarugas marinhas. Esta preocupação culminou nas publicações dos instrumentos legais para a conservação destas, e no aumento significativo dos esforços de monitoramento sobre das desovas, filhotes e adultos. O aumento da ocupação do Litoral Norte Baiano tem sido cada vez mais intensificado e consequentemente o monitoramento das tartarugas marinhas e suas áreas de desova necessitam reforço para responder a este processo. Uma boa interlocução entre os empreendimentos turísticos/residenciais com o Projeto TAMAR é imprescindível para que o desenvolvimento planejado para a região aconteça em consonância com a proteção das tartarugas marinhas. 


  A LUZ E AS TARTARUGAS MARINHAS.

     Um dos principais desafios para a conservação das tartarugas marinhas é reduzir ao máximo os efeitos negativos causados pelos seres humanos, como a alteração das características ambientais do habitat das tartarugas marinhas.
     Atualmente, a iluminação artificial é um dos tensores antrópicos de maior causa de distúrbios para o sucesso da conservação destes animais. Conhecida como fotopoluição, a presença prejudicial da iluminação artificial no meio ambiente afeta as tartarugas marinhas, principalmente em suas áreas de desova. As fontes de iluminação que ocasionem intensidades luminosas superiores a 0 (zero) lux numa faixa de praia compreendida entre a linha de baixa-mar até 50 metros acima da linha maior de preamar sensibilizam e desorientam as tartarugas (Portaria n 11 de 30 de janeiro de 1995) As luzes artificiais possuem o potencial de interferir em etapas fundamentais do cilco de vida das tartarugas marinhas: 1) alteram o comportamento das fêmeas no momento da seleção das áreas utilizadas para a desova, 2) provocam a desorientação das fêmeas no momento do retorno para o mar e 3) causam,principalmente, a desorientação dos filhotes no momento em que deixam o ninho e caminham em direção ao oceano.A conservação das tartarugas marinhas é de responsabilidade de todos. A existência de áreas de desova no litoral norte além de agregar valor ambiental e turístico a região é um patrimônio da sociedade.


  OBJETIVO

     Esta cartilha busca esclarecer aos empreendedores:
Sobre a importância do Litoral Norte baiano para a proteção das tartarugas marinhas; e
Orientá-los quanto as legislações incidentes e as melhores práticas para a minimizar os impactos gerados as tartarugas, pela iluminação artificial.

  DIRETRIZES GERAIS

     Visando evitar a fotopoluição, tanto os órgãos ambientais ao analisarem processos de licenciamento quanto os empreendedores ao planejarem, implantarem e operarem seus empreendimentos próximo as praias de desova de tartarugas marinhas devem considerar os seguintes critérios:
Seguir a legislação vigente (Portaria Nº 11, de 30 de Janeiro de 1995 e Lei No 7034 de 23 de Fevereiro de 1997);
Planejar a construção de empreendimentos afastados da faixa de praia, seguindo no mínimo as recomendações dos zoneamentos municipais, das Áreas de Proteção Ambiental, e do Plano Nacional do Gerenciamento Costeiro;
Consultar os órgãos ambientais competentes e o Centro TAMAR sobre os quesitos exigidos para serem incorporados aos projetos luminotécnicos;
Elaborar e encaminhar para análise o projeto luminotécnico para o período de obras para o Centro TAMAR.
A iluminação da obra e os horários de trabalho devem ser adequados para evitar a fotopoluição. Preferencialmente não implantar turno noturno de trabalho na fase de construção.
Ocorrendo turno noturno na obra, deverá ser planejada e implantada estrutura que bloqueie qualquer emissão de luz em sentido a praia. Quando houver utilização de gruas, as mesmas não deverão ser iluminadas.
Deverá ser agendada junto ao Centro TAMAR vistoria para análise do sistema luminotécnico implantado na obra.
Elaborar e encaminhar para análise o projeto luminotécnico do empreendimento para o Centro TAMAR.
Devem ser realizadas campanhas de educação ambiental para contínuo esclarecimento dos empregados locais e para a posterior orientação dos usuários.
Privilegiar o uso de sistemas de iluminação indireta em edificações direcionadas para as áreas de desova, como varandas, restaurantes, áreas de lazer, vias de acesso e etc.
Deverá ser agendada junto ao Centro TAMAR vistoria para análise do sistema luminotécnico implantado no empreendimento.
Após a finalização da obra e antes do inicio da operação do empreendimento, devem ser feitos eventuais ajustes necessários para a manutenção das condições naturais de iluminação da praia.
Os órgãos licenciadores tanto federais como estaduais em municipais dever estar atentos à questão da fotopoluição tanto na fase de construção do empreendimento quanto no seu funcionamento, atendendo a legislação vigente.  A não apresentação e aprovação dos projetos luminotécnicos ao Centro TAMAR, implicará na não emissão ou anulação das licenças ambientais do empreendimento.





 RECOMENDAÇÕES E CONCEITO

     São apresentadas no Quadro 01 recomendações e conceitos, referentes às características de sistemas de iluminação, para nortear a elaboração de projetos luminotécnicos em áreas adjacentes às praias de desovas de tartarugas marinhas.





Como eu havia dito no post anterior, eu aprofundaria mais o assunto da Fotopoluição e a Poluição, porém.. amanhã terá um post sobre a Poluição :) Espero que tenham gostado. É MUITO IMPORTANTE SE INFORMAR SOBRE ISSO, POIS QUEM VIAJA MUITO E VÊ ESSE TIPO DE  'POLUIÇÃO' EM ÁREAS DE DESOVA, PODE ENTRAR EM CONTATO COM O PROJETO TAMAR. :D
Boa noite a todos!
Lembrando que, aceito sugestões :) haha.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

AS AMEAÇAS NATURAIS E AS AMEAÇAS DO HOMEM PARA A TARTARUGA MARINHA.



AMEAÇAS NATURAIS



   Nenhuma ameaça natural, por si só, é capaz de representar perigo de extinção para as tartarugas marinhas.


   Os primeiros predadores naturais são raposas, caranguejos e formigas. Ao nascerem, os filhotes se tornam vulneráveis à predação por aves marinhas, caranguejos, polvos e uma grande diversidade de peixes marinhos.
   Na maturidade, as tartarugas marinhas são relativamente imunes à predação, a não ser pelo ataque ocasional de tubarões e orcas. A exceção é a desova, o momento mais vulnerável na vida de uma fêmea adulta, pois é quando ela está fora do mar. Na praia, perde a agilidade, torna-se lenta e indefesa, fica totalmente exposta aos ataques de predadores como onças-pintadas.
   Mas nenhuma ameaça natural, por si só, é capaz de representar perigo de extinção para as tartarugas marinhas. São as atitudes predatórias do homem que as colocaram nessa situação de risco.




AMEAÇAS DO HOMEM

   CAÇA E COLETA DE OVOS                                                                                    

    Até a década de 80, ERA um hábito comum, nas comunidades litorâneas, matar tartarugas marinhas para consumir a carne; coletar os ovos nos ninhos, para comer ou vender como tira-gosto em bares praieiros; e vender o casco para fabricação de armações de óculos, pentes e enfeites como pulseiras, anéis e colares. Geralmente, as fêmeas eram capturadas quando subiam à praia para desovar.

    Quando o Tamar lançou ao mar a primeira ninhada nascida sob sua proteção, havia praticamente uma geração de crianças e jovens daquelas comunidades que nunca tinham visto um filhote de tartaruga. Mas hoje essas práticas predatórias raramente acontecem, nas áreas protegidas pelo Tamar.


PESCA INCIDENTAL


   As tartarugas marinhas interagem com diversas modalidades de pesca artesanal e industrial. Presas nos diversos tipos de redes e anzóis, não conseguem subir à superfície para respirar e acabam desmaiando ou mesmo morrendo afogadas.

   A pesca de camarão com redes de arrasto, próximo à costa, e a de peixes pelágicos com espinhéis, em escala industrial, em alto mar, são dois dos principais tipos de pescaria que afetam as tartarugas marinhas, no Brasil e no mundo, com registro de altos índices de captura incidental, considerada atualmente a principal ameaça a esses animais. Por isso, o Tamar desenvolve programa específico que inclui educação ambiental e orientação aos pescadores, além de desenvolver novos recursos e petrechos de pesca que possam minimizar os efeitos da pesca sobre as populações e reduzir os índices de capturas.


               SOMBREAMENTO ( CURIOSIDADE )Construções altas e plantações em grande parte no litoral podem aumentar significativamente o sombreamento das praias de desova, diminuindo a temperatura média da areia -  e as temperaturas mais baixas na areia da praia pode provocar aumento no nascimento de filhotes machos, gerando desequilíbrio nas populações de machos e fêmeas.




 ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL / FOTO POLUIÇÃO



É importante adequar a iluminação da orla para não prejudicar as tartarugas marinhas.
    A incidência de luz artificial nas praias, resultado da expansão urbana sobre o litoral, prejudica fêmeas e filhotes. As fêmeas deixam de desovar, evitando o litoral, se a praia está iluminada inadequadamente. Os filhotes, por sua vez, ficam desorientados: ao invés de seguir para o mar, guiados pela luz do horizonte, caminham para o continente, atraídos pela iluminação artificial - e fatalmente são atropelados, devorados por predadores como cães e raposas, ou morrem de desidratação.

    O Tamar conseguiu aprovar leis que impedem a instalação de novos pontos de luz em áreas de desova e faz campanhas permanentes para substituição, nessas áreas, das luminárias convencionais por outras, especialmente desenhadas com a consultoria do Projeto, para que a luz não incida diretamente sobre a praia.
SIGA O EXEMPLO:

Adaptado de: B. E.Witherington and R. E. Martin 1996


TRÂNSITO DE VEÍCULOS
   O trânsito de veículos é proibido nas praias de desova das tartarugas marinhas no litoral brasileiro. Há duas razões principais: em primeiro lugar, pode aumentar a mortalidade ainda dentro dos ninhos. A compactação da areia, provocada pela circulação de carros, motos e afins, impede a subida dos filhotes para fora – eles saem uns se apoiando sobre os outros, após a eclosão dos ovos. Além do mais, as marcas de pneus na areia dificultam a caminhada das tartaruguinhas em direção ao mar – e o risco de atropelamento é constante.

                                       


Em outro post aprofundarei mais sobre o assunto da ameaça Fotopoluição e Poluição..
Boa noite a todos, e espero que tenham gostado :) Até amanhã!

PROJETO TAMAR - É IMPORTANTE SE INFORMAR

   As marcas nas tartarugas marinhas servem para sabermos onde elas vão, o que fazem e quantas são. Ao encontrar uma tartaruga marinha marcada:
1. Não retire a marca se ela estiver viva.2. Anote o número da marca, local e data e mande as informações para:
Caixa postal 2219 Rio Vermelho 41950-970 Salvador BA OU para o e-mail: tamar@tamar.org.br
Para maiores informações, ligue: 71 3676-1045
Sedes regionais:
BAHIA
Praia do Forte (sede nacional): (71) 3676-1045
SERGIPE Reserva Biológica de Santa Isabel: (79) 3276-1201 / 1217
PERNAMBUCO Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha: (81) 3619-1171 / 1174
RIO GRANDE DO NORTE Reserva Biológica do Atol das Rocas: (81) 3619-1171 / 1174
CEARÁ Almofala: (88) 3667-2020
ESPÍRITO SANTO (27) 3222-1417
RIO DE JANEIRO Bacia de Campos: (22) 2747-5277
SÃO PAULO Ubatuba: (12) 3832-6202 / 7014 / 4046
SANTA CATARINA Florianópolis: (48) 3236-2015



Proteger as tartarugas marinhas é preservar a vida marinha, garantir a sobrevivência do planeta e da humanidade.

   Olá, bom, irei falar sobre o projeto tamar. (Tudo o que está escrito eu retirei do site http://www.tamar.org.br/
porém, retirei o que acho muito importante nós sabermos :) então .. aí vai.
                           
O QUE É O PROJETO TAMAR?
   O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980, pelo antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal-IBDF, que mais tarde se transformou no Ibama-Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Hoje, é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha e serve de modelo para outros países, sobretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho sócio-ambiental.
   Pesquisa, conservação e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção, é a principal missão do Tamar, que protege cerca de 1.100km de praias, através de 23 bases mantidas em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso desses animais, no litoral e ilhas oceânicas, em nove Estados brasileiros.
   O nome Tamar foi criado a partir da combinação das sílabas iniciais das palavras tartaruga marinha, abreviação que se tornou necessária, na prática, por conta do espaço restrito para as inscrições nas pequenas placas de metal utilizadas na identificação das tartarugas marcadas para diversos estudos.
   Desde então, a expressão Tamar passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, executado pelo Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Centro Tamar, vinculado à Diretoria de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade-ICMBio, órgão do Ministério do Meio Ambiente.
   O Projeto Tamar/ICMBio é co-administrado pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Fundação Pró-Tamar, instituição não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1988 e considerada de Utilidade Pública Federal desde 1996.
   A Fundação foi criada para executar o trabalho de conservação das tartarugas marinhas, como responsável pelas atividades do Projeto Tamar nas áreas administrativa, técnica e científica; pela captação de recursos junto à iniciativa privada e agências financiadoras; e pela gestão do programa de auto-sustentação. Essa união do governamental com o não-governamental revela a natureza institucional híbrida do Projeto.
   O Tamar conta com patrocínio nacional da Petrobras, apoios e patrocínios regionais de governos estaduais e prefeituras, empresas e instituições nacionais e internacionais, além de organizações não-governamentais. Mas é fundamental, sobretudo, o papel das comunidades onde mantém suas bases e da sociedade civil em geral, que participa e ajuda o Projeto, individual ou coletivamente.)

A LEGISLAÇÃO
   No Brasil, a Portaria do Ibama, nº. 1.522, de 19/12/89, é o instrumento legal em vigor que declara as tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. Foi redigida com base na lista mundial de espécies ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), da qual fazem parte as sete espécies de tartarugas marinhas. As cinco espécies que ocorrem no Brasil também integram a lista brasileira, desde a primeira publicação até a mais recente atualização, realizada em 2008. Os Estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo também incluíram as tartarugas marinhas em suas listas locais de espécies ameaçadas.
   Para os casos de práticas ilegais como captura, matança, coleta de ovos, consumo e comércio de produtos e sub-produtos de tartarugas marinhas são aplicadas as sansões e penas previstas na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998) e no Decreto nº 3179, de 21 de setembro de 1999.
   Também como forma de proteger as tartarugas marinhas, a Instrução Normativa nº 31, do Ministério do Meio Ambiente, de 13 de dezembro de 2004, determina a obrigatoriedade do uso de dispositivos de escape de tartarugas (TED) nas embarcações utilizadas na pesca de arrasto de camarões.
   A Instrução Normativa nº 21, do Ibama, de 30 de março de 2004, proíbe a pesca do camarão, entre o norte da Bahia e a divisa de Alagoas e Pernambuco, no período de 15 de dezembro a 15 de janeiro de cada ano. O objetivo é proteger as tartarugas oliva, que nessa época estão no pico da temporada reprodutiva. A instrução foi elaborada com  a participação dos pescadores que atuam na pesca de arrasto de camarão.
   Há também diversas leis estaduais que regulamentam aspectos específicos relacionados à proteção das tartarugas marinhas, como iluminação artificial (Portaria do IBAMA nº 11, de 31/1/1995) e trânsito de veículos nas praias (Portaria do IBAMA nº 10, de 30/1/1995).
   O Brasil é signatário de vários tratados e acordos internacionais, inclusive da Convenção Interamericana para Conservação das Tartarugas Marinhas, que ajudou a criar. É um tratado que já conta com 13 países e contempla exclusivamente medidas de conservação destas espécies e dos habitats dos quais elas dependem. O Decreto Federal no 3.842, de 13 de junho de 2001, confirma que o disposto na Convenção Interamericana deve ser executado e cumprido no Brasil.

PORQUE PROTEGER?
   Como presas, as tartarugas marinhas fazem parte da dieta de vários animais (raposas, formigas, lagartos, falcões, abutres, gaivotas, fragatas, polvos, peixes, orcas, focas, crocodilos, onças entre outros) e os seus ovos também podem ser consumidos por raízes de plantas nas praias de desova.
   Como consumidores, atingem diversos níveis na cadeia alimentar. Exercem controle das populações de esponjas, medusas, algas e grama marinha, entre outras. Durante os seus diferentes estágios de vida, alimentam-se de mais de 200 táxons de vertebrados e invertebrados.

SUBSTRATOS DE PLANTAS E ANIMAIS
   Já foram observadas mais de 100 diferentes espécies de plantas e animais vivendo no casco e órgãos internos de tartarugas marinhas, que assim atuam como substrato para epibiontes e parasitos. Também funcionam como dispersores de vários organismos como cracas, tunicados e moluscos.

TRANSFERINDO ENERGIA
   A energia e os nutrientes armazenados nas áreas de alimentação (ambiente marinho) são transferidos para as praias de desova (ambiente terrestre), em forma de ovos. Apenas um terço desta energia e nutrientes retorna para os mares com os filhotes. O restante permanece nos ecossistemas terrestres, transferidos para o solo, vegetação e fauna locais.

RECICLAGEM DE NUTRIENTES
   As tartarugas marinhas são bioturbadores, afetando a estrutura e o funcionamento dos habitats de forrageamento, como, por exemplo, recifes de coral, bancos de algas e grama marinha, e fundos de substrato arenoso. Assim, contribuem para a reciclagem de nutrientes, considerando a grande quantidade de resíduos/detritos excretados por milhões delas no mundo inteiro.
   A tartaruga de pente, por exemplo, ajuda a manter a biodiversidade nos recifes de corais, pois pode se alimentar seletivamente de alguns grupos de esponjas, permitindo que espécies raras se estabeleçam competindo por espaço e nutrientes com sucesso.
                                   
TODAS AS FORMAS DE VIDA
   Por tudo isso, é preciso proteger as tartarugas marinhas. Como poucos animais, elas representam a perpetuação da vida ao longo de mais de 100 milhões de anos. Sobreviventes, resistem e continuam, apesar de tantas agressões e ameaças, a cumprir sua missão de contribuir para a vida de outras espécies – e, por consequência, do homem.
   Durante sua longa existência, cada tartaruga marinha leva e traz toneladas de nutrientes e energia vital à sobrevivência de tantas outras formas de vida. Das tartarugas marinhas depende a existência de uma infinidade de peixes, crustáceos,  moluscos, esponjas, medusas. Dependem também formações de mangues, bancos de areia, de gramas marinhas e de algas, de corais e recifes, de ilhotas e formações geológicas.

O post foi longo, mas vale MUITO a pena ler :) espero que tenham gostado.
(haverá outros projetos que irei postar no blog)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O que é a Biologia Marinha?



    Como todos já devem saber, Biologia Marinha é o estudo dos organismos que vivem em ecossistemas de água salgada e das relações entre eles e com o ambiente.

    A biologia marinha é um dos ramos da biologia e da oceanografia, resultando da profundidade destas duas áreas científicas, que se dedica ao estudo da vida nos mares e nos oceanos, assim como aos fenômenos que a afetam e condicionam.

 Para saber:

   Organismos: Um organismo (do grego organismós, "conjunto") é o conjunto de órgãos que constituem um ser vivo. (órgãos: Um órgão é um grupo de tecidos que formam uma função específica ou grupo de funções.)


   Ecossistemas: O Ecossistema (grego oikos casa + systema, sistema: sistema onde se vive.) designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades. (Consideram-se como fatores bióticos os efeitos das diversas populações de animais, plantas e bactérias umas com as outras e abióticos os fatores externos como a água, o sol, o solo, o gelo, o vento.


   Água salgada: É a água encontrada em mares e oceanos. A água do mar de todo o mundo tem uma salinidade próxima de 35 (3,5% em massa, se consideramos apenas os sais dissolvido, mas a salinidade não tem unidades), o que significa que, para cada litro de água do mar há 35 gramas de sais dissolvidos, a maior parte é cloreto de sódio (cuja fórmula é NaCl).

(CURIOSIDADES: A água menos salina do planeta é a do Golfo da Finlândia, no Mar Báltico. O mar mais salino é o Mar Morto, no Médio Oriente, onde o calor aumenta a taxa de evaporação na superfície e há pouca descarga fluvial.
 Porque o mar possui sal?
   As teorias científicas para explicar as origens do sal marinho começaram com Edmond Halley, em 1715, que propôs que os sais e outros minerais foram transportados para o mar pelos rios, tendo sido sugado da terra por queda da chuva, lavando as rochas. Ao alcançar os oceanos estes sais seriam retidos e concentrados pelo processo de evaporação (veja Ciclo hidrológico) que removem a água. Halley notou que do pequeno número de lagos no mundo que não têm saídas para o oceano (como o Mar Morto e o Mar Cáspio), a maioria tem alto teor de sais. Halley denominou este processo de "intemperismo continental"
   Ambiente: O Ambiente (do latim ambiente, com o sentido do que envolve os corpos por todos os lados) é o conjunto das substâncias, circunstâncias ou condições em que existe determinado objeto, ou em que ocorre determinada ação. 
Meio ambiente - Em biologia, inclui tudo o que afeta diretamente o metabolismo ou o comportamento de um ser vivo ou de uma espécie, incluindo a luz, o ar, a água, o solo ou os outros seres vivos que com ele coabitam.



-Espero que tenham gostado, e claro, aceito sugestões! São sempre bem vindas.
Boa tarde a todos!

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Primeiro post do Blog.


     Olá, este é o meu primeiro post, claro... Bom por enquanto ninguém me segue, pois montei agora. Mas espero que realmente dê certo. Então... Meu nome é Caroline Perriello, tenho 16 anos, e eu tenho um sonho: Tornar-me Bióloga Marinha...  Poder cuidar da mais bonita imensidão, e principalmente... A vida.
       Criei este blog principalmente para estudo meu, podendo então ajudar outras pessoas.
       Aqui irei postar tudo sobre a biologia marinha, postarei sites que poderão ajudar com abaixo-assinados, com alguma colaboração de dinheiro, divulgação... E enfim, tentar ajudar as pessoas que estudam e têm alguma dúvida sobre determinado assunto... Ou até mesmo aquelas que precisam fazer algum trabalho. Estudaremos juntos, e estarei aberta a sugestões. No blog terão também sobre todos os projetos da Biologia Marinha, sobre as faculdades que possuem o curso, curiosidades, raridades, espécies... Tudo composto com vídeos, muitas fotos interessantes, com muito amor e carinho, esperam que gostem e aguardem os posts!